Um dia desses, ao ficar no carro esperando minha mãe ir a algum lugar, o qual não lembro, fiquei olhando as pessoas passarem.
Alguns distraídos, outros rápidos, sempre ligeiros e em passos curtos. Homens, mulheres, crianças, idosos...
Prestei atenção e conclui que o ser humano é um pobre bicho, nem se quer dá valor as coisas ao seu redor, com a pressa rotineira, nem chega a prestar atenção nos próprios semelhantes que por ele passa.
Me peguei imaginando, porque uma moça que passava ali, não poderia namorar o rapaz da outra calçada, fariam um belo par... Maldito sentimento humano! Ao mesmo tempo tão belo e tão podre. Porque, aqueles que ali passavam não poderiam ficar juntos de uma hora pra outra?
Porque teriam que se apaixonar primeiro para depois ficarem juntos?
Até agora me pego pensando nessas suposições.
Que coisa desgastante, isso de ter que possuir um sentimento por alguém. Sentir amor não garante que seja amado, ora, então porque amar?
Porque o sentimento não é coisa de momento, mas, de longo tempo? Porque ninguém ama de uma hora pra outra? Estranho isso...
Até agora, isso martela na minha cabeça como uma incógnita.
E onde quer que eu fique parada por muito tempo, eu começo a imaginar: Porque as pessoas que por ali passam, não são feitas só de carne e osso, e ponto, só isso, sem os malditos sentimentos?!
[...] A vida é tão misteriosa, meticulosa
Acreditamos ser o dono dela
Mas não somos
Precisamos estar agindo certo
mas será que estamos?
O que será do amanhã?
Como eu queria poder ver o meu futuro
e qual caminho seguir
Ver qual caminho
eu seria realmente feliz.
Mas a vida é um jogo
Onde não podemos ver as cartas
que estão na mesa
Tudo podemos esperar
Tudo podemos sonhar
Podemos nos iludir
Imaginando que vamos pegar a carta certa
A carta tão esperada
para vencer e comemorar a vitória
Mas pode ser que a sorte esteja do nosso lado
Ou não sabemos jogar
Se fracassar, o que fazer?
Será que somos marionetes nas mãos do destino?
Ou culpamos ele pelo caminho que escolhemos
deixamos ver vencidos
Acredito que a vida é um conjunto de escolhas
mas que acabam no mesmo lugar
onde deveríamos estar
porque o fluxo da vida
não pode parar…
(Cristiane Souza Gomes)
0 comentários:
Postar um comentário